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Testemunhar as maravilhas que o Senhor realiza em nossa vida, é dar testemunho de Cristo, é realizar o seu pedido a nós, é Evangelizar. Em tempos que testemunhos faltam, encontrar pessoas que se dispõem nas mãos do Senhor, é encontrar pessoas dispostas a testemunhar o seu Encontro com Cristo, que não é qualquer encontro, mas o Grande Encontro de nossas vidas. Por isso, iniciaremos aqui, com o slogan, “Eis-me aqui”, uma seção de testemunhos. Serão testemunhos de vários seminaristas, que tiveram nas suas vidas uma mudança radical, que ouviram o chamado de Jesus, deixaram tudo e o seguiram; agora, dão testemunho.
Hoje temos o testemunho do Seminaristas Ismael, que está no terceiro Ano de Filosofia, o último ano desta segunda fase da formação. (menor – propedêutico, filosofia e teologia).
Minha história vocacional
Nasci em Blumenau no dia 17 de março de 1992. No ano de 1997 minha família se mudou para São José. Depois de certo tempo começamos a participar da Santa Missa, na Paróquia Santo Antônio, a convite de meu tio. Desde então, sem dúvida, o gosto pelas coisas da Igreja animavam-me. Aos oito anos ingressei no grupo de coroinhas, no qual surgiram amizades sadias que nos levavam a se alegrar em Cristo. Destaco os passeios, brincadeiras, gincanas, entre outras atividades que fortaleciam as amizades. Além de transmitir conhecimentos acerca da Igreja e da bíblia.
No amor a Cristo é que está a base de meu chamado, porém não posso esquecer-me de pessoas que são extraordinárias e fazem parte desta caminhada. Primeiramente a minha família, primeira Igreja e berço da vocação. Na convivência familiar do dia-a-dia com o testemunho de meus pais é que de forma clara, suscitou-me este ardente chamado. Ressalto as orações antes das refeições, a reza do terço antes de dormir, enfim, o diálogo familiar, o respeito e a educação que deles aprendi, como por exemplo, o simples gesto de pedir a bênção.
Neste sentido, também não me esqueço do padre Sérgio de Souza. Pastor que por meio de palavras incentivou-me nesta caminhada, bem como convidou meus pais a participarem efetivamente das pastorais. Após minha primeira eucaristia, chega à paróquia um novo pároco, cujo nome é Padre Hélio da Cunha. Este é, sem dúvida, um grande incentivador vocacional. Seu jeito contente de ser e seu testemunho sacerdotal me leva a cada vez mais assegurar-me que vale a pena ser padre. Ainda mais num contexto como nós vivemos atualmente, onde é notória a sede por Deus.
No ano de 2004 participei do convívio vocacional em Azambuja, igualmente no ano seguinte. Desde criança em família brincava de rezar missa. Cortava a banana e esta representava a hóstia. O suco de uva servia como vinho. Minhas irmãs gêmeas serviam ao altar, enquanto meus pais eram a assembleia e proclamavam as leituras.
Nesse espírito, foi suscitando fortemente o desejo de prolongar a presença de Cristo, isto é, ser outro Cristo. Com esta convicção, aos 13 anos decidi contar a minha mãe minha proposta de vida. Quando terminei de falar, ela disse-me: “O que você meu filho decidir, aceitarei. Dou-te a liberdade para escolher qual caminho seguir.” E acrescentou: “Eu chorarei agora, sentirei tua falta, mas depois estarei alegre em ter um filho padre.”
Enfim, no ano de 2006, ingressei no seminário de Azambuja. Minha força, meu alimento é fazer a vontade do Pai. Por isso, estou nesta escola de aprendizagem. Temos nossos momentos de altos e baixos como todos, mas é necessário ter garra e vencer todos os obstáculos com a força poderosa de Deus, como o próprio hino do seminário diz “Como é belo viver e lutar”! Quando canto este hino me alegro, pois sem luta não há vitória e estou indo em frente para vencer esta luta e entoar o hino da vitória, alcançar um grande objetivo, um grande sonho tão esperado que não é ser Padre, todavia um bom é ótimo padre.
Ismael Weiduschath